Taylor Swift

Taylor Swift is not a musical genius, at least not like Freddie Mercury nor Mozart were.
While her music might sound basic and even mundane, never venturing into anything truly original, there lies an enigmatic allure about her. Yes, we might agree on her lack of groundbreaking musicality, but then what is her secret? Is it because of her striking looks or sensuality? Is it because of her relatable lyrics?
Although she’s all that, that is not what makes her unique.

A confession is due. I entertained the idea of banning her from the streaming platforms I use, mainly because it didn’t seem fair to many other great musicians overshadowed by the zenith of popularity that Taylor Swift is seemingly taking from them. However I simply couldn’t do it! Is it because I’ll miss her music? I don’t think so. The issue here is even stranger; I think I would miss Taylor Swift herself! Listening to her music is an intimate experience, at least for me. Listening to her is like spending time with a friend, it transcends the elusive boundaries of idolatry, it’s a personal resonance above the ethereal artistic acclaim.

So why is Taylor Swift so loved? Perhaps it extends beyond her music, even if that is all you know about her. So, if you want to maintain your grudge against Taylor Swift, please abstain from the enchantment of her performances, as she might weave a spell to win you over too!

d’o passado

O passado não importa. Não por causa de qualquer tipo de revelação espiritual, mas porque o que passou e até o que vai passar tem apenas importância agora e terá quando pensarmos nisso mas nem um segundo depois disso.
Os traumas não são do passado. Os receios não são do futuro. Tudo é d’agora.

Portanto a ideia de que o passado não se pode mudar é desprovida de sentido porque o passado nem sequer existe.
O passado pode mudar-se porque é uma ideia e essas vivem sempre no presente.

Já o futuro é um bicho totalmente diferente.
Mas não percamos tempo com isso por agora…
…de qualquer maneira é só esperar para descobrir que nunca existiu.

De onde vem a vontade?

A vontade vem de onde?

E o desinteresse?

Provavelmente vêm do mesmo sítio. De um lugar onde o equilíbrio é perfeito e onde tudo o que é bom é feito com vontade e tudo o que é vil é feito sem ânimo.

Um sítio onde sempre que aparece um magnífico, é compensado com um medíocre.

Mas onde infâmia prova que há excelência.

Bah, vou trabalhar.

Dedicatória a Supernova

Gostava de saber
se és tão intensa como dantes
Se algum homem te ama com metade da força que mereces
Se és sequer possível.

Não me parece.
Apesar de não te encontrar em nenhum obituário,
tenho como certo que não podes existir
Não como eras, não tu.
Podes haver como sombra do teu espectro,
mas não com o esplendor que serias se fosses.

A força centrífuga da tua paixão era tão grande que me projectou para longe
Mas aí eras ainda pequena,
uma Supernova

Agora deverias ser uma estrela
no mínimo
talvez até uma galáxia
…mas, por mais que procure
não te vejo a luz.
Isso só pode querer dizer uma coisa:

Transformaste-te num buraco negro,
onde a luz vai para morrer

Ainda tens tudo dentro de ti
mas tão implodido que nunca sairá
Pelo contrário
Tudo o que se aproximar
será sugado
Não és vazio
és criação de vazio.

Gostava de te ver com o brilho com que te imagino,
mas, se o tentar, provavelmente serei sugado para a inexistência.

Resta o que foi de nós.
O que é ou será de nós não importa.
Fiquemos nos mesmos lugares
Se há coisa segura são as memórias que nunca contamos.

É lá que ficarás. Para sempre.
Nas memórias secretas.
Com aperto de braços
e sorriso de canto de boca que só eu conheço.
Nem tu sabes quanto ainda cintilas no que passou.

IA – Inutilidade ou Arte

A Inteligência Artificial(IA) irá substituir os escritores?

Sim. Provavelmente isso será inevitável.
Isso e muito mais, especialmente para os lógicos, os inteligentes, os que se regem pelo que faz sentido. Para esses será inevitável que a IA “tome conta” da geração de ideias, resolução de problemas, criação de arte, optimização de colheitas e trabalho em geral.

Robot Pessoa

Não fará sentido discorrer mal sobre assuntos porque qualquer IA fá-lo-á melhor.
A inutilidade será total, a falta de sentido inevitável.
Será magnífico.

Porque para os chanfrados, os terraplanistas, os conspiracionistas, os adeptos, os religiosos, os que têm medo do escuro, os que detetam notas de violeta em goles de vinho e para os fantasmas, nunca nenhuma IA funcionará.
Esses quererão sempre o inútil.
E é assim que se descobre a verdadeira arte. Pela inutilidade está comprovada a sua artisticidade.

Onde começas?

Onde acabas?

Acordo sempre forte,
pronto a derrotar o mundo
mas a benção dura menos do que minutos.
Penso-te outra vez.
e nunca mais paro, até me render (outra vez) ao sono.
Aí, onde nunca entra nada, nem sonho, nem pesadelo;
aí finalmente deixas-me em paz…
…ou nisso onde estou quando tu não

nunca espécie de lago inerte
nada dói, nada assusta
mas nada entusiasma
nada frui.